quinta-feira, 11 de março de 2010

Tesouros:*2Co.4

7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.

8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados: perplexos, mas não desanimados;

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos;

11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.

12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.

Introdução: A idéia de ser um vaso hoje, para muitos é uma grande benção; porém quando se pensa em pagar o preço para ser um vaso a coisa muda. Paulo para concluir sobre a grande revelação que Deus lhe concedeu sobre a excelencia da glória da nova aliança e que agora o Senhor lhe fez capaz, de ser ministro deste novo testamento; com o objetivo de ainda ninguém poder achar que ele ainda era “grande”; ele recebe mais uma nobre, e espetacular revelação do Espirito, de que o Senhor confere o exercício desta glória, a propagação desta glória, através de um ser fragil, e para isto ele se apresenta como um “vaso”, não como uma peça de ouro ou de madeira etc…; mas como um vaso, onde mostra que assim como um dia Deus quis que a luz chegasse na imensa escuridão, assim tambem o Senhor, quis, que em um coração outrora obstinado, pudesse receber uma iluminação da glória de Deus que se conhece na face de Jesus Cristo. Paulo, o vaso escolhido, é lapidado e permite que a cada dia o Senhor lhe moldasse, lhe fizesse chegar a forma que queria. Paulo, como não tem como esconder que é um vaso; neste capitulo ele nos dá uma das mais belas amostras de que quando Deus escolhe alguém, Ele capicita, e adorna como desejas.

1. PAULO APRESENTA O CONTEÚDO DOS VASOS DE BARRO (4:1-6 )

1.1 Um conteúdo genuino que requer nosso cuidado: Ao começar o capitulo nas palavras do primeiro versiculos, somos levados a pensar em algumas verdades:

”Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;” Aprendemos que se temos exercido um ministério com exito é porque Deus empenha a sua misericóridia neste ministério. O que hoje é importante entender é que o ministério exercido segundo a misericóridia é o que mais interessa para o Reino de Deus. Observe que a misericória abrage o ministério em si e também o instrumento. Não adianta apenas levarmos o ministério, e preciso seguir o que se realmente precisa para estar excercendo o ministério. Não precisamos no reino pessoas que são costumeiras a levarem titulos, e sim de pessoas que vão além do titulos, pois, infelizmente há uma onda de “obreiros”(a) que carregam titulos e não fazem jus ao ministério que o Senhor confiou.

Mas para que consigamos levar um ministério segunda a misericórdia de Deus, como vasos escolhidos, devemos ter o cuidado com o que temos colocado de conteúdo em nosso vaso. Qual tem sido nosso conteudo nos ultimos anos? boa leitura biblica, bons livros, boas aulas na EBD, bons cursos de Aperfeiçoamento de professores, de lideres, de obreiros. Quanto tem custado para você colocar um bom conteudo em seu vaso? Temos que concordar que o conteudo faz toda a diferença, e quando isto acontece somos valorizados.

Somos tão criteriosos no que iremos comer, escolhe isso e aquilo; mas na vida espiritual, somos fadados ás vezes a comer qualquer coisa? Não, estamos em um tempo que não dá para se falar besteira nos altares, o povo está a cada dia se intruindo, e onde não há bons nutruientes para seu bom crescimento espiritual, eles pulam fora. Existem igrejas que estão perdendo seus membros porque lideres estão dando óculos verdes para as ovelhas. Paulo escreve “Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a Palavra de Deus;…” Rejeitavam tudo o que podiam manchar o Evangelho e deturpar a vida dos crentres. Eles não mediam esforços por manter a boa doutrina viva. Precisamos ser contra o Evangelho Light, sem renuncia e sem cruz, baseado somente no ter e não no ser uma nova criatura. que é o que agrada a Cristo (Gl.6:15).

Requer nosso cuidado, devido o conteúdo que temos recebido pela fé, que é : A Palavra de Deus (Rm.10:17).

Sabe, desenvolver um amor á Cristo e ao Evangelho é o desejo de Deus que quer a cada dia ver o cuidado que temos com o que Dele recebemos. Amar a Jesus e sua boa noticia, é a base para uma vida que tudo o que irá se concentrar para os outros será: Uma mensagem clara, evangelistica e cristocêntrica, ou seja, uma mensagem sem rodeios; e isto é o que o Diabo quer que façamos, que ficamos rodeando com o que precisa ser falado sem rodeios. E é por causa dos rodeios que pensamentos em nosso tempo tem predominado em vidas, dizendo que Servir á Deus, não tem propósito e etc… O deus deste século tem buscado escurecer o entendimento dos incrédulos muitas vezes, por nós não termos feito esta luz resplandecer no pecador. Paulo foi insaciavel nesta tarefa “Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At.26:18)

2. PAULO EXPÕE A FRAGILIDADE DOS VASOS DE BARRO (4:7-12)

2.1 Vasos que são fracos mas resistem por amor a Cristo o sofrimento: É maravilhoso ver que “temos esse tesouro em vasos de barro” Um dos seres mais desgostosos com esta escolha de Deus é sem dúvida o Diabo. Olhe, Deus formou o homem, o diabo deformou, Deus resolve isto enviando Jesus, que morre por nós, e envia o Espirito que nos transforma de glória em glória. Jesus se reune no monte das oliveiras e diz “em meu nome, expulsarão demonios”. Esta tem sido a forma de Deus acabar com a farra do Diabo, de usar homens e mulheres fracos mas, cheios do Espirito Santo. O mais surpreendente é que estes vasos tem sido os mais extraordinários, pois tem passado pelo fogo em não sido consumido (Ex. fornalha). Paulo fala de apertos sem conta que passou mas, exulta na força que o Senhor lhe concedeu em meio eles, veja os contrastes nos versiculos 8 e 9.
Em tudo somos Mas
Atribulados Perplexos Perseguidos Abatidos Não angustiados Não desanimados Não desamparados Não destruídos

Os verdadeiros vasos frageis se tornam resistentes quando buscam espelhar suas vidas na “vida de Jesus”; esta expressão aparece nos versiculos 10 e 11. Isto só é possivel quando nossa vida está para a gloria de Deus, Paulo diz que se for posssivel ter que sofrer por amor a igreja, ou melhor a obra, isso seria feito ” estamos sempre entregues a morte por amor de Jesus” e também “trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus nos nosso corpo”; aos Galatas ele também falou sobre isto (Gl.6:17).

3. PAULO FALA DA GLORIFICAÇÃO FINAL DESSES VASOS DE BARRO (4:13-18)

3.1 Vasos que lutam e que apontam para esperança da glorificação do corpo: A esperança paulina nos versiculos 13 e 14 é clara “ E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei: nós cremos também, por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco.” Dar uma atenção nas primeiras palavras do versiculo 13 é importante “ E temos portanto o mesmo espírito de fé…” Paulo mostra que a razão em insistir em guardar bem o “tesouro” que é o Evangelho, ele aponta o elemento que lhe dá sustenção para guardar: o espirito de fé. Homens e mulheres, vasos frageis de barro, estão fazendo história, desviando do inferno as almas, por causa deste “espirito de fé”, fé no Evangelho que transforma, que muda, que é o poder de Deus atuante em quem crê. Paulo é um exemplo de vaso que muito sofreu, mas que em meio a tudo isto deixou registrado a sua confiança no ressuscitado. Seu corpo podia estar sendo entregue a morte, mas seu espirito estava em pleno avivamento. Um grande conselho Paulo dá para os que possuem o tesouso nos versiculos 16,17 e 18.

Não desfaleça

Suporte a tribulação

Não perca o foco das coisas espirituais

“Por isso não desfalecemos: mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia, Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se vêem mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.”

Conclusão: A medida que nos dispomos á amar a Jesus, o sofrimento torna parte em nosso ministério; não um sofrimento de pesar pois Paulo escreve “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”; mas um sofrimento que vale apena ir até o fim.

Pb. Fernando Cardoso

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